se de gotas me sustento
molho um beijo nos teus lábios
e sabes-me a águas que não conheço
tenho sede
tenho sede
e dessa sede vivo
quando peço:
aproxima de mim esse cálice
que quero morrer por ti.
Miradouro
Há um rio
na minha margem da terra
que me leva à outra margem
de mim:
ouro em fio
visto do alto da serra
que justifica a nascente
donde vim.
Noivam-me os instantes

Acendem as manhãs
pedaços de orvalhos
que me roçam lírios
frios
na espera das minhas mãos
onde guardo cálices de sol
ardente.
(Pedaços de instantes
vivos
que me transportam
nas veias
ânsias de chegadas novas,
rastos de viagens
candentes.)
Rubros sãos enleios
ainda me movem
em elipses de sentimento
à fina flor de sê-lo.
E o momento pára,
espera-me,
em cumplicidade de noivo
prometido...

1 comentário:
Oh, minha querida... às coisas melhores cá na vida nunca agradecemos como deveríamos... Um grande, grande beijinho. Senti-me, agora, tão pequenina.... tão pequenina, para o abraço que agora quis dar.
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